Chegar pilotando na meca da aviação é uma oportunidade que imagino, todo piloto desejaria ter pelo menos uma vez na vida. É o único lugar na terra onde mais de dez mil companheiros chegam pelos céus com suas máquinas aladas. Quando encostei o trem de pouso na pista 27 daquele aeroporto pensei que estava pousando em um ninho familiar, mas tenho que admitir que por vezes, naqueles sete dias me senti um patinho feio.
Uma rápida "googlada" me indica que vi de tudo: Harriers (que decolam da vertical), F-14 (do filme Top Gun que ainda não assisti), o maior dirigível do mundo, o helicóptero acrobático da redbull, F-15, F-16, B-17, B-29, T-6, P-51, 787, DC-3, A6M5, e tantos outros letras-números. Fora as atrações "carne-osso" que apareceram por lá como Bob Hoover, Dick Rutan e Harrison Ford.
Mas para alegria dos mais leigos, não precisava saber tantos nomes pra curtir, vibrar, se arrepiar, ficar em êxtase com aquele show que explora bem as três dimensões. Uma das atrações que mais me surpreendeu foi, digamos, a mais "simples". Um planador com uma turbina, (sim, turbina!) dançava no céu com toda elegância, ao som de uma música bem relaxante, com a obrigatória fumaça saindo das pontas das asas. Nas atrações noturnas o mesmo planador surpreendeu com os fogos de artifício jorrando das asas no lugar da fumaça. E lá estava eu, um não-aficionado, babando e admirando aquela arte, com uma "pontinha"de inveja do artista. Mas quem era o artista? O engenheiro ou o piloto? Minha admiração por essas duas profissões me fariam divagar nessa resposta para bem além do escopo desse post. Mas o lugar onde eu queria estar mesmo, seria claro, ali no cockpit, nos comandos daquele avião. Sou apaixonado por voar. Sim, um aficionado, mas olhe bem, pelo verbo, não pelo substantivo, avião. Por isso decidi ser piloto. Para ter a oportunidade de olhar o mundo por um novo ângulo, me sentir como (licença o clichê:) um pássaro. Voar alimenta essa pretensão humana de ir além dos limites, e também a ilusão de que podemos ser superiores aos outros. Repito, ilusão. Lá de cima, mais cedo ou mais tarde, aprendemos que somos todos uma poeirinha à mercê da natureza e que todas nossas mais fortes convicções podem se desfazer quando mudamos perspectivas. Ainda assim, existe algo especial dentro de cada poeirinha que não podemos dimensionar com as ferramentas que temos nesse mundo físico, e que dentre outras capacidades incríveis, nos permite sonhar. Copiando o slogan de alguma companhia aeronáutica que vi em Oshkosh: Dare to dream (ouse a sonhar).
GUSTAVO:
ResponderExcluirATÉ MEU CORAÇÃO BATEU FORTE DE EMOÇÃO COM A LEITURA DAS NOVAS CONQUISTAS. JÁ FALEI ALGUMAS VEZES, MAS REPITO: VOCÊ ESCREVE MUITO BEM.
VÁ EM FRENTE, RAPAZ!
GUST
ResponderExcluirTENHO CERTEZA QUE ALIADO A SUA PROFISSÃO DE PILOTO TAMBÉM SE DESTACARÁ COMO UM GRANDE CONTADOR DE HISTÓRIAS VIVIDAS E VERÍDICAS,POIS A NATURALIDADE E INTELIGÊNCIA COM QUE EXPÕE SUAS EXPERIÊNCIAS NOS FAZ GRATIFICANTEMENTE VIAJAR COM VOCÊ, ISTO PUXOU BEM AO SEU PAI,SABER ECREVER. PARABÉNS MIL VEZES PELA CONSTANTE BUSCA DE UM FUTURO, QUE COM CERTEZA JÁ É PROMISSOR.TENHO AQUELE ORGULHO DE VOCê.TE AMO!!
YOUR MOTHER
SEMPRE QUE ABRO SEU BLOG ME DEPARO COM SEU GEITO SIMPLES DE VER A VIDA.NÃO VEJO A HORA DE VE-LO PESSOALMENTE.FICO IMAGINANDO SUA TRGETÓRIA DE VOLTA DO ALASKA AO BRASIL. DEUS TOMA CONTA.!!!!!!
ResponderExcluirBJOSS